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Avaliação de Políticas Públicas

Domine os métodos econométricos de avaliação de impacto de políticas públicas para produzir análises mais eficientes.

O que você será capaz de fazer

Aprenda na prática a avaliar políticas públicas e projetos sociais a partir de evidências e modelos que verificam o seu real benefício para a sociedade.

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Pré-requisitos para esse curso é saber programar com a linguagem R, Estatística aplicada e Econometria Aplicada

(Curso revisado e atualizado - Versão 2022)

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Seção 01 - Apresentação do Curso
Seção 02 - Introdução à Avaliação de Impacto

O uso de políticas públicas baseadas em evidências passa pelo fato simples de que os recursos são escassos. Além disso, a avaliação do impacto é importante para medir não somente se a ação governamental conseguiu ter efeito, mas também mensurar a magnitude
do resultado, o que é necessário para estimar o custo benefício da política.

A utilização da avaliação de impacto de uma política pública tem dois tipos de usos principais: Interno e externo. No uso interno ela tem como objetivo subsidiar decisões acerca da operação do programa, a depender dos resultados encontrados. Se forem positivos, podem corroborar para manutenção ou ampliação da política.

Se forem negativos, há uma diminuição ou cancelamento. Com o maior detalhamento das análises, elas podem auxiliar um processo de redesenho do programa, de forma a aprimorar e potencializar os resultados. Já o uso externo tem como principal objetivo subsidiar a aplicação ou alteração de programas semelhantes em
outros lugares ou períodos. Além disso, avaliações servem para a identificação das melhores práticas na área da política em questão, o que permite que policy makers possam implementar políticas com resultados já consagrados em outros lugares.

Neste capítulo, além de uma introdução ao problema de avaliação de impacto de programas e políticas públicas, também fazemos uma resenha da literatura aplicada e dos principais métodos associados

Seção 03 - Modelo de Resultados Potenciais

O modelo de resultados potenciais, ou modelo causal de Rubin (Rubin 2004), é uma abordagem que visa estimar o efeito causal do tratamento com base nos resultados que potencialmente o mesmo indivíduo teria sem o tratamento. Nessa seção, vamos detalhar o modelo, bem como buscar exemplos no R de como isso pode ser feito.

Seção 04 - Método de Aleatorização

O principal objetivo da atribuição aleatória é evitar o viés de seleção. Como esse tipo de abordagem, as características dos indivíduos, que podem influenciar o resultado, são aleatorizadas entre os grupos. Olhando pela ótica do modelo de resultados potenciais, essa é a forma mais semelhante possível ao contrafactual ideal. Não podemos observar o mesmo grupo de indivíduos sendo tratados ou não-tratados ao mesmo tempo, mas podemos identificar grupos que seriam totalmente homogêneos se não fosse a presença da política em um deles. Assim, qualquer diferença de resultado na variável de interesse entre o grupo tratado e de controle pode ser explicada apenas pelo tratamento. O que gera, portanto, grande validação interna dos resultados encontrados.

Essa técnica é comumente chamada de Randomized controlled trial (RCT) ou, em português, estudo clínico randomizado controlado. Os estudos do tipo RCT são o padrão ouro da ciência há muitas décadas. São principalmente utilizados em testes clínicos ou farmacêuticos, como é o caso dos estudos de vacinas contra o Coronavírus. Entretanto, nas áreas de avaliação de políticas públicas e economia sua utilização começou a ter mais relevância apenas nos últimos anos. Mas isso não quer dizer que não haviam estudos desse tipo. Entre alguns exemplos notáveis estão o experimento RAND (Manning et al. 1987), que avaliou o comportamento dos usuários de planos de saúde em relação aos valores de coparticipação e os experimentos sobre imposto de renda negativo (Robins 1985).

Seção 05 - Diferença em Diferenças e Controle Sintético

É um método de dados em painel muito popular na literatura econômica que calcula o efeito de um tratamento comparando a mudança média ao longo do tempo na variável de interesse para os trados, em comparação com a mudança média para o grupo de controle. O principal requisito para esse método poder ser aplicado é o de que as tendências de ambos os grupos na variável de interesse sejam paralelas antes do tratamento. Ou seja, a hipótese é de que as diferenças não observáveis entre os grupos se mantenha constante ao longo do tempo. Assim, o efeito do tratamento é o responsável por alterações de trajetória.
Muitas vezes, a hipótese de tendência comum não é atendida, o que faz com que muitos estudos utilizem o pareamento para atingir isso. (Mattos and Mazetto 2019) utilizam exatamente essa abordagem para estimar os efeitos de curto prazo do programa Mais Médicos, lançado em 2013. Assim, eles usam dados de municípios de 2010 até 2015 e mostram que o programa teve ao menos dois efeitos positivos: o aumento em consultas, agendamentos e visitas a domicílios, e o impacto negativo na hospitalização.
Entretanto, não encontraram efeito significativo na mortalidade.

Controle Sintético é de certa forma semelhante a um modelo de diferenças-em-diferenças,
mas utilizando normalmente quando há apenas uma unidade. É feita a construção de uma combinação linear ponderada da variável de interesse das unidades do grupo de controle antes do tratamento ocorrer, o que faz com que a trajetória dessa combinação se torne semelhante à trajetória da unidade tratada. Assim, se as duas trajetórias divergirem após a implementação de uma política, isso pode se dever ao tratamento. Por sua característica, esse é um método interessante para aplicação de avaliação de políticas nacionais. Um exemplo disso é o paper de Chamon, Garcia, and Souza (2017), que avaliou um programa de intervenção cambial por meio de swaps do Banco Central do Brasil em 2013. Utilizando outros países emergentes como controle, eles estimaram que a política levou a uma apreciação do Real em um excedente de 10%.

Seção 06 - Pareamento

As técnicas de pareamento são utilizadas quando o tratamento não ocorre de maneira
aleatória e os grupos de tratamento e controle acabam apresentando características muito diferentes. Esses métodos têm como objetivo balancear os grupos com base em covariáveis, ou seja, outros dados além da variável de interesse. É preciso que esses dados não sejam afetados pelo tratamento. Por exemplo, em um caso em que haja mais de um período de tempo é adequado parear pelos dados do período anterior ao tratamento. Na prática, essa técnica seleciona os indivíduos do grupo de controle que sejam os mais semelhantes possíveis com relação aos indivíduos que receberam o tratamento. Normalmente, esse procedimento faz com que algumas observações do grupo de controle sejam eliminadas da amostra.

O pareamento pode ser feito de maneira exata, isto é, você pareia cada indivíduo tratado com um do grupo de controle com exatamente os mesmos valores nas variáveis definidas para parear. Raramente isso é possível, principalmente quando buscamos parear por valores continuos (ex: renda). Por isso, a estratégia mais comum é parear utilizando escores de propensão. Resumidamente, é estimada uma regressão logística, em que a
variável dependente é o tratamento. Assim, com base nos parâmetros estimados, é calculada a probabilidade do indivíduo pertencer ao grupo de tratamento. Assim, cada indivíduo do grupo de tratamento é pareado com um, ou mais, do grupo de controle que tenham essa probabilidade, ou “escore,” semelhante.

Um exemplo de trabalho que utiliza matching para avaliar uma política pública é artigo de Andrade et al.(2012). Os autores investigaram os impactos do Programa Bolsa Família na imunização de crianças de 0 a 6 anos utilizando dados de 2005. Nele foram comparadas famílias que estavam no programa com famílias elegíveis, mas não presentes no programa. O ponto principal da utilização deste método é que esses grupos apresentam características diferentes, portanto é necessária uma readequação do grupo de controle. Os resultados encontrados mostraram que o programa não afetou a imunização das crianças.

Seção 07 - Variáveis Instrumentais

É um método que busca uma variável externa (instrumento) que é correlacionada com as variáveis explicativas, mas não com a variável de interesse. Assim, essa técnica permite estimar uma regressão quando as variáveis explicativas são correlacionadas com o termo de erro, ou seja, quando há endogeneidade. Basicamente, este método permite o instrumento dividir as variáveis explicativas em duas partes. Uma delas é correlacionada com o erro e a outra não. Assim, tornando possível separar a parte que não tem correlação para a estimação da regressão de forma não viesada. A grande dificuldade é encontrar instrumentos que sejam válidos para esse método. Alguns instrumentos se tornaram bastante populares, como é o caso de variáveis ligadas ao clima, principalmente em estudos sobre países com forte presença agrícola. A lógica por trás disso é que a chuva, por exemplo, afeta a produção agrícola, mas não é afetada pelas condições econômicas.
Um exemplo bastante comum do uso de variáveis instrumentais é a estimação do retorno da educação nos salários. Isso acontece pois existe um fator não observável, que é a habilidade pessoal. Pessoas com maior habilidade tem maior probabilidade de fazer ensino superior. Ao mesmo tempo, a habilidade também afeta os salários de forma independente à educação formal. Assim, um bom instrumento precisa ser correlacionado com a probabilidade de ir à universidade, mas não pode ser correlacionado com os salários. Card (1993), propõem estimar o efeito utilizando a distância em relação às universidades. Outros autores, como Blackburn and Neumark (1993), utilizam a educação dos pais como instrumento.

Seção 08 - Regressão Descontínua

O objetivo dessa abordagem é comparar observações que estejam perto de
um limite que estabelece um limite entre o grupo de tratamento e o de controle. A lógica desse método é a de que indivíduos próximos a essa limite seriam extremamente semelhantes, sendo a designação para um ou para outro grupo completamente aleatória. A aplicação é possivelmente mais restritiva do que os outros métodos citados e muito dependente dos dados disponíveis e do critério de aplicação da política pública. Chamon et al. (2019) utilizaram uma descontinuidade nas regras eleitorais municipais de 2000 para investigar se a competição política teria impacto nas escolhas das políticas fiscais. A descontinuidade em questão era a de que, para municípios menores de 200 mil habitantes, não havia segundo turno. Os resultados mostram que a competição faz com que se aumentem os gastos com infraestrutura em relação aos gastos correntes. Além disso, o impacto encontrado foi maior para os casos em que os candidatos poderiam concorrer à reeleição.

Seção 09 - O cálculo do retorno econômico

Na última seção, explicamos detalhadamente os conceitos e o instru-
mental necessários para o cálculo desse retorno, incluindo aplicações práticas e um exemplo para que os conceitos sejam sedimentados. Conceitos como valor presente líquido, taxa interna de retorno e custo-efetividade são discutidos nesse capítulo.

Materiais utilizados

Vídeos Didáticos

Cada seção será acompanhada de videoaulas subdividas em tópicos específicos, tornando o aprendizado ainda mais dinâmico.

Slides e Códigos disponíveis

Todos os slides e códigos utilizados ao longo das seções ficam disponíveis para os alunos baixarem e reproduzirem.

Apresentações reprodutíveis

Em todas as seções, o professor produz apresentações em RMarkdown, encorajando os alunos a reproduzirem tudo o que é feito no curso.

Certificação

Ao final do curso você receberá o certificado da Análise Macro de “Avaliação de Políticas Públicas“ com 20 horas de carga horária.

Coordenador e professor do curso

Vítor Wilher

Mestre em Economia e Cientista-Chefe da Análise Macro


Especialista em ciência de dados. Dá aulas e presta consultoria há 7 anos na área de dados, já tendo ajudado milhares de alunos no Brasil a darem o primeiro passo em análise de dados envolvendo R e Python.

Depoimentos dos nossos alunos

Investimento

R$ 799,00

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ou parcelado em 10x no cartão de crédito sem juros

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Perguntas frequentes

Resposta: Você poderá realizar sua matrícula através de boleto bancário ou cartão de crédito, podendo parcelar em até 10x sem juros no cartão de crédito.

Resposta: Você terá até 24 meses para ver quantas vezes quiser os conteúdos dos cursos.

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Resposta: No próprio site há uma plataforma exclusiva para tirar dúvidas direto com nossa equipe o professor Vítor Wilher. Você estará sempre acompanhado durante sua jornada.

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