Resoluções de fim de ano

Tive, neste fim de 2010, um desses encontros espantosamente reveladores com o meu eu mais íntimo. Não, não fui para o Ártico ou para algum retiro budista. A verdade é que quase fui dessa para melhor, no sentido literal do termo. E não há nada mais revelador do que achar que você vai morrer.

Não vou entrar no detalhe do que de fato aconteceu, porque é de foro íntimo. Mas imagine que foi muito ruim, tipo um acidente ou algo que o valha. De certo que coisas assim te mostram certas verdades. E, claro, te levam a fazer certas perguntas e ter certos questionamentos. No meu caso, me fiz apenas um: cheguei onde gostaria?

A resposta é claramente negativa. Mas, não me entenda mal, não sou do tipo frustrado que está parado no tempo vivendo às custas de sabe-se lá quem. Não. Pago minhas próprias contas desde que tenho 16 anos. E me sinto muito feliz por isso. Já dei algumas viradas na minha vida, quando tudo ao meu redor parecia cômodo o suficiente para que eu não movesse uma palha diante do meu nariz. Mas nem por isso olho para trás e digo que fiz tudo o que gostaria de fazer.

Naquele momento entendi uma coisa que aparentemente levarei para o resto da minha vida: eu nunca responderei sim para aquela pergunta. A verdade é que nunca chegarei a um ponto onde me sinta plenamente confortável. Acho honestamente que todo o ser humano deve ter mais expectativas do que certezas. A busca por uma eterna auto-realização é o melhor combustível para uma vida plena de sentidos.

E se assim penso, devo me manter sereno diante dessa aparente ansiedade permanente. A vida trata de premiar aqueles que possuem sonhos, que perseveram em seus objetivos e que, mesmo realizando-os constantemente, estão sempre atrás da próxima cenoura. Porque sem isso, a vida é apenas um amontoado de rotineiros momentos.

Feliz 2011 e boas cenouras pelo caminho!

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Como analisar a relação de risco-retorno de ações?

O que é retorno? O que é o risco? Como exatamente os definimos e como podemos avaliar os ativos com base nessas medidas? Neste artigo, apresentamos uma introdução concisa à análise e gestão de ativos financeiros, destacando a eficácia do Python na coleta, tratamento e análise de dados financeiros. Exploraremos como utilizar a linguagem para avaliar o risco-retorno de ações.

Retropolando a série do desemprego no Brasil

Nosso objetivo neste exercício será estender a taxa de desemprego fornecida pela Pesquisa de Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) através daquela fornecida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Serão construídas duas séries: uma normal, outra dessazonalizada. Faremos todo o exercício utilizando o Python.

Variáveis Instrumentais no R: qual o impacto do gasto de segurança no crime?

Diversos métodos econométricos têm como principal finalidade melhorar o processo de investigar o efeito de uma variável sobre a outra, e um importante método encontra-se no uso de Variáveis Instrumentais na análise de regressão linear. Mas como podemos utilizar essa ferramenta para auxiliar no estudo da avaliação de impacto?

Neste post, oferecemos uma breve introdução a esse importante método da área de inferência causal, acompanhado de um estudo de caso para uma compreensão mais aprofundada de sua aplicação. Os resultados foram obtidos por meio da implementação em R, como parte integrante do nosso curso sobre Avaliação de Políticas Públicas utilizando esta linguagem de programação.

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.