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Vivemos uma das mais longas e profundas recessões da nossa história. Imagino que você, tanto quanto eu, queira virar essa página. Mas estamos perto da virada?
A melhora dos indicadores de confiança é um dos primeiros sinais de reversão da atividade econômica, porém também pode mostrar “falsos positivos”. Foi isto que aconteceu com os índices agregados em meados do ano passado.
Agora, os índices entraram em uma fase de recuperação que aparenta ser mais sólida. Todas as sondagens divulgadas pela FGV esta semana mostraram crescimento em março, confirmando tendência positiva nos últimos três meses. A sondagem da indústria, por exemplo, subiu 3,3%, atingindo o maior patamar desde maio de 2014. A recuperação é difundida entre os diversos setores considerados nas pesquisas.
A melhora de indicadores macroeconômicos nos últimos meses aumenta a esperança de que estejamos, enfim, saindo do fundo do poço. Pelo lado do consumidor, a rápida queda da inflação alivia a perda de poder de compra. E a liberação das contas inativas do FGTS não deixa de ser uma ajuda ao consumo e à redução do endividamento. Pelo lado das empresas, a trajetória declinante de juros reduz o custo de capital.
Será que enfim estamos diante da recuperação econômica?
Após o impeachment da presidente Dilma Rouseff, os indicadores captaram rápido crescimento da confiança. Entretanto eles eram quase exclusivamente formados por expectativas quanto ao futuro, sem respaldo na situação presente da economia. O caso mais claro é o da confiança do consumidor, conforme o gráfico abaixo.
No fim de 2016 houve certa “correção” do excesso de otimismo e, desde então, os índices ensaiam nova recuperação. Neste ciclo atual as expectativas ainda são o principal driver de alta, mas a “situação atual” começou a reagir. As intenções de compras de bens duráveis subiram, o estoque da indústria está mais ajustado e os índices de emprego deixaram de piorar. Mas note que os índices de confiança ainda estão muito baixos quando comparados às médias históricas, próximas de 100 pontos.
Em suma, as mudanças no ambiente macroeconômico e a recuperação mais disseminada na abertura das sondagens de confiança aumentam as chances de que estejamos no turning point da atividade econômica. Mas vale deixar claro que a retomada da economia só será possível se combatermos diversos desafios, como o desarranjo fiscal do governo e a incerteza politica. Por enquanto, o desemprego tende a aumentar e o consumo a retomar força de forma muito lenta.
Ainda podemos ter vários percalços. Tomara que eles não nos impeçam de sermos içados do poço.
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