O último boletim Focus (Banco Central) de 2013 trouxe as apostas das instituições consultadas para o ano de 2014. Para as duas principais: IPCA em 5,98% (maior do que a prevista para 2013) e PIB em 2% (menor do que a prevista para 2013). As instituições consultadas preveem, nesse aspecto, melhora da indústria, com avanço de 2,23% (a previsão para 2013 é de avanço de 1,59%). A expectativa para a política monetária é que a Selic feche esse ano em 10,50%, isto é, as instituições consultadas esperam uma elevação de apenas mais 50 pontos-base na taxa ao longo do ano - sinal de que receberam bem o anúncio feito pelo Federal Reserve, o Banco Central norte-americano. Sintoma disso é que não se espera nenhum salto na taxa de câmbio: a expectativa para essa variável é de que a mesma feche o ano em 2,45 R$/US$. Espera-se ainda uma redução do déficit em conta-corrente, por melhora na balança comercial (mais exportações do que importações) e mantém-se a mesma expectativa de US$ 60 bilhões para 2013 nesse ano para a entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED). Por fim, as instituições consultadas esperam leve deterioração na relação Dívida Líquida sobre o PIB: ela fecharia 2014 em 35%. Sobre isso, talvez seja vantajoso o pessoal do Gerin (o orgão responsável pelo boletim Focus dentro do Banco Central) incluir uma pergunta sobre o comportamento da Dívida Bruta, dado que essa hoje é mais representativa da situação fiscal. As previsões do GECE/UFF estarão na segunda edição do Monitor de Política Monetária, a ser divulgado no final de janeiro. O boletim Focus pode ser consultado aqui.