IPCA 2011 cravado em 6,5%.

O IPCA fechou dezembro em 0,5%, tudo o que era necessária para terminar 2011 em 6,5% - o limite máximo possível para o Banco Central cumprir a meta de inflação. Assim, o presidente Tombini respira aliviado por não ter de mandar uma carta de justificativa ao Ministro da Fazenda logo em seu primeiro ano de mandato. O fato é que a inflação acumulada em 12 meses está em recuo - como pode ser visto no gráfico abaixo - após atingir 7,31% em set/11, maior valor desde maio/05. Isso graças ao efeito defasado da política monetária macroprudencial e convencional, adotadas desde dezembro do ano passado, que têm agido diretamente sobre o nível de atividade - vide o post abaixo.

Dentro do IPCA, destaque para cinco grupos: Despesas Pessoais [8,61%], Vestuário [8,27%], Educação [8,06%], Alimentos e bebidas [7,18%] e Habitação [6,75%]. Juntos, esses grupos representaram 61,15% [em média] do IPCA em 2011. No gráfico abaixo o acumulado em todos os nove grupos principais do índice.

No grupo Alimentos e Bebidas, o maior peso isolado do índice [23,4%], destaque para Alimentação fora do domicílio, com alta de 10,49% em 2011, influência direta tanto de fatores de demanda quanto de oferta. Naquela, aumento da renda real, neste escassez de mão-de-obra e aumento de custos de aluguel, por exemplo. A projeção do Banco Central no cenário de referência é terminar 2012 com inflação girando em 4,7%. Já no cenário de mercado, 4,8%. Com todos os condicionantes expostos no post abaixo, será que dá?

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Como planejar um pipeline de previsão macroeconômica: da coleta ao dashboard

Montar um pipeline de previsão macroeconômica não é apenas uma tarefa técnica — é um exercício de integração entre dados, modelos e automação. Neste post, apresento uma visão geral de como estruturar esse processo de ponta a ponta, da coleta de dados até a construção de um dashboard interativo, que exibe previsões automatizadas de inflação, câmbio, PIB e taxa Selic.

Coletando e integrando dados do BCB, IBGE e IPEA de forma automatizada

Quem trabalha com modelagem e previsão macroeconômica sabe o quanto é demorado reunir dados de diferentes fontes — Banco Central, IBGE, IPEA, FRED, IFI... Cada um com sua API, formato, frequência e estrutura. Esse gargalo de coleta e padronização consome tempo que poderia estar sendo usado na análise, nos modelos ou na comunicação dos resultados.

Foi exatamente por isso que criamos uma rotina de coleta automatizada, que busca, trata e organiza séries temporais econômicas diretamente das APIs oficiais, pronta para ser integrada a pipelines de previsão, dashboards ou agentes de IA econometristas.

Criando operações SQL com IA Generativa no R com querychat

No universo da análise de dados, a velocidade para obter respostas é um diferencial competitivo. Frequentemente, uma simples pergunta de negócio — “Qual foi nosso produto mais vendido no último trimestre na região Nordeste?” — inicia um processo que envolve abrir o RStudio, escrever código dplyr ou SQL, executar e, finalmente, obter a resposta. E se pudéssemos simplesmente perguntar isso aos nossos dados em português, diretamente no nosso dashboard Shiny?

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.