
Tais conceitos, aparentemente disjuntos, são tratados pelo liberalismo social, vertente política da qual sou um orgulhoso integrante e defensor. Neste, as sociedades devem conciliar a liberdade econômica e política dos indivíduos com um nível de igualdade de oportunidades satisfatório. O ponto ótimo é quando a ampla rede social promove maior produtividade, fazendo com que o bem estar de todos se eleve. Nesse contexto que se inserem os conceitos de Economia Social de Mercado (ESM) e do human capital approach (HCA).
Para uma introdução ao HCA recomendo essa palestra aqui. Nela faço uma breve exposição sobre a moderna teoria neoclássica de crescimento, no que tange ao capital humano. Mais capital humano é a um só tempo benéfico do ponto de vista social e econômico. E, atualmente, acredito que nenhum economista do mundo ousaria em discordar disso: mais educação e mais saúde promovem aumentos de produtividade. O argumento, eu diria, é sempre econômico, mas com implicações importantes sobre a questão social da coisa.
Já sobre o conceito de ESM, recomendo o livro acima. Ele foi produzido pelo economista Marcelo Resico, com o apoio da Fundação Konrad Adenauer, a respeito dos conceitos aplicados a uma economia que promove equidade com produtividade. Os links existentes entre um e outro são aqueles discutidos pelo HCA, além de pontos institucionais importantes. O livro completo pode ser baixado aqui.
Eu espero que isso lhe ajude a não mais confundir benefícios sociais com economias de pouco crescimento. A ideia é justamente o oposto...