Investigando a relação entre o Ibovespa e a variação da FBCF

Na edição 55 do Clube do Código, a ser divulgada para os membros na próxima semana, continuo a investigação iniciada em um comentário de conjuntura sobre a relação entre o Ibovespa e a variação interanual da FBCF. Dessa vez, estimamos um Vetor de Correção de Erros (VEC). Fazemos a análise das funções impulso-resposta e da decomposição de variância a partir do modelo estimado. Ademais, também aplicamos o procedimento de Toda-Yamamoto de modo a investigar causalidade.

Os resultados encontrados sugerem que um choque no Ibovespa tem um efeito positivo na variação interanual da FBCF, aumentando a mesma em mais de 3 pontos percentuais após três trimestres. A decomposição de variância, por seu turno, revela que cerca de 30% da variância da variação interanual da FBCF é explicada pelo Ibovespa, passados 12 trimestres. Por fim, o teste de precedência temporal sugere que o Ibovespa ajuda a explicar a variação da FBCF, enquanto não encontramos evidências no caso contrário.

Membros do Clube do Código têm acesso a todos os códigos que geraram o exercício no repositório do github.

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Qual o efeito de um choque de juros sobre a inadimplência?

Neste exercício, exploramos a relação dinâmica entre o custo do crédito (juros na ponta) e o risco realizado (taxa de inadimplência) através de uma análise exploratória de dados e modelagem econométrica utilizando a linguagem de programação R.

Qual a relação entre benefícios sociais e a taxa de participação do mercado de trabalho?

Este exercício apresenta uma investigação econométrica sobre a persistente estagnação da taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro no período pós-pandemia. Utilizando a linguagem R e dados públicos do IBGE e Banco Central, construímos um modelo de regressão linear múltipla com correção de erros robustos (Newey-West). A análise testa a hipótese de que o aumento real das transferências de renda (Bolsa Família/Auxílio Brasil) elevou o salário de reserva, desincentivando o retorno à força de trabalho.

Estamos em pleno emprego no mercado de trabalho?

Este artigo investiga se o mercado de trabalho brasileiro atingiu o nível de pleno emprego, utilizando uma estimativa da NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment) baseada na metodologia de Ball e Mankiw (1997). Através de uma modelagem em Python que unifica dados históricos da PME e PNAD Contínua com as expectativas do Boletim Focus, comparamos a taxa de desocupação corrente com a taxa neutra estrutural. A análise visual e quantitativa sugere o fechamento do hiato de desemprego, sinalizando potenciais pressões inflacionárias. O texto detalha o tratamento de dados, a aplicação do Filtro Hodrick-Prescott e discute as vantagens e limitações da metodologia econométrica adotada.

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.