Evolução da pandemia no Brasil

Vivemos tempos sombrios. O país se aproxima das 500 mil mortes causadas pela peste que nos assola. Em meio a uma situação crítica como essa, o antídoto, a vacina, tem sido administrada em ritmo (muito) aquém do ideal. Para um país com a experiência de décadas em imunização e tendo a capacidade de produção de vacinas, só a incompetência na gestão de crise explica tamanha lentidão no processo. Nesse Comentário de Conjuntura, fazemos um avaliação da pandemia no país.


## Pacotes utilizados nessa apresentação
library(knitr)
library(tidyverse)
library(tsibble)
library(fable)
library(feasts)
library(tsibbledata)
library(fpp3)
library(gridExtra)
library(zoo)
library(scales)


## Coletar dados
url = "https://raw.githubusercontent.com/wcota/covid19br/master/cases-brazil-states.csv"
covid = readr::read_csv(url, guess_max = 10000) %>%
group_by(state) %>%
mutate(MM_mortes = zoo::rollmean(newDeaths, k = 7, fill = NA, align = "right"),
MM_casos = zoo::rollmean(newCases, k = 7, fill = NA, align = "right")) %>%
mutate(d_vaccinated = vaccinated - lag(vaccinated,1)) %>%
mutate(MM_dose1 = rollmean(d_vaccinated, 7, NA, align='right'))

Os dados são coletados do repositório do Wesley Cota, como descrito acima.

Membros do Clube AM, como de praxe, têm acesso a todos os códigos do exercício. 

Após atingir um pico forte no final de março, os novos casos e mortes têm se reduzido lentamente nas últimas semanas. Mas ainda está longe de atingir uma derivada civilizada, como pode ser visto no gráfico de mortes mensais abaixo.

Os últimos dois meses, março e abril, foram de recorde de vítimas pela peste e não há sinais de trégua: maio já registra números superlativos, se comparamos com os demais meses da peste no país.

A realidade vista no agregado pode ser melhor compreendida se observamos o que está ocorrendo nos Estados. Vejamos, por exemplo, a situação no Rio e em SP.

A situação do Rio é um tanto quanto complexa, dado que os números não têm sido atualizados de forma correta pela secretaria de saúde, o que causa um problema na avaliação da pandemia no Estado.

São Paulo, epicentro da pandemia no país, mostra uma melhora nas últimas semanas, após o pico de março.

Em praticamente todos os Estados, diga-se, temos uma 2ª onda da pandemia bastante crítica e acima do registrado no ano passado.

No Rio, a situação parece ser muito parecida com o restante do país: uma 2ª onda da pandemia bastante contundente e com números acima do registrado no ano anterior.

Em meio a essa situação crítica, o número de doses da vacina contra a peste ainda é bastante modesta, se comparado ao número necessário para imunizar 60% da população.

Há muito por melhorar no ritmo de vacinação, se queremos sair logo desse período crítica da humanidade.

____________________

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Qual o efeito de um choque de juros sobre a inadimplência?

Neste exercício, exploramos a relação dinâmica entre o custo do crédito (juros na ponta) e o risco realizado (taxa de inadimplência) através de uma análise exploratória de dados e modelagem econométrica utilizando a linguagem de programação R.

Qual a relação entre benefícios sociais e a taxa de participação do mercado de trabalho?

Este exercício apresenta uma investigação econométrica sobre a persistente estagnação da taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro no período pós-pandemia. Utilizando a linguagem R e dados públicos do IBGE e Banco Central, construímos um modelo de regressão linear múltipla com correção de erros robustos (Newey-West). A análise testa a hipótese de que o aumento real das transferências de renda (Bolsa Família/Auxílio Brasil) elevou o salário de reserva, desincentivando o retorno à força de trabalho.

Estamos em pleno emprego no mercado de trabalho?

Este artigo investiga se o mercado de trabalho brasileiro atingiu o nível de pleno emprego, utilizando uma estimativa da NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment) baseada na metodologia de Ball e Mankiw (1997). Através de uma modelagem em Python que unifica dados históricos da PME e PNAD Contínua com as expectativas do Boletim Focus, comparamos a taxa de desocupação corrente com a taxa neutra estrutural. A análise visual e quantitativa sugere o fechamento do hiato de desemprego, sinalizando potenciais pressões inflacionárias. O texto detalha o tratamento de dados, a aplicação do Filtro Hodrick-Prescott e discute as vantagens e limitações da metodologia econométrica adotada.

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.