Reunião do COPOM e as expectativas de inflação

Após a reunião do COPOM de semana passada, foi anunciada a elevação da meta da taxa SELIC para 2.75%. A mudança, que desestimula a economia a curto prazo, tem o intuito de tentar controlar a escalada da inflação, de modo a evitar a necessidade de uma correção mais forte nos próximos meses. Apesar disso, as expectativas do FOCUS de semana passada continuam a se elevar, tanto para os indicadores de inflação como da SELIC, apontando para um entendimento do mercado de que a trajetória da inflação ainda é crescente, e que novas correções por parte do COPOM ainda serão necessárias.

As expectativas do IPCA para o final do ano se elevaram de 4.6 para 4.71%, com desvio-padrão de %. Para a SELIC, vemos aumento de 4.5% para 5%, com desvio-padrão de %. As outras variáveis principais não apresentaram movimentos significativos.

No setor de produção, vemos aumento do IGP e dos preços administrados, de 11.02% para 11.89% e de 6.15% para 7.26%, respectivamente. O movimento é consideravelmente maior do que o visto no IPCA, indicando que a escalada de preços está ficando mais concentrada nos preços para produção do que para o consumidor final. Por outro lado, as estimativas de produção se recuperaram, indo de 4.69% para 5.10%, indicando que a instabilidade vista na semana retrasada era passageira.

O código de R desse artigo está disponível para os membros do novo Clube AM. Para saber mais, clique aqui.

____________________

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Como planejar um pipeline de previsão macroeconômica: da coleta ao dashboard

Montar um pipeline de previsão macroeconômica não é apenas uma tarefa técnica — é um exercício de integração entre dados, modelos e automação. Neste post, apresento uma visão geral de como estruturar esse processo de ponta a ponta, da coleta de dados até a construção de um dashboard interativo, que exibe previsões automatizadas de inflação, câmbio, PIB e taxa Selic.

Coletando e integrando dados do BCB, IBGE e IPEA de forma automatizada

Quem trabalha com modelagem e previsão macroeconômica sabe o quanto é demorado reunir dados de diferentes fontes — Banco Central, IBGE, IPEA, FRED, IFI... Cada um com sua API, formato, frequência e estrutura. Esse gargalo de coleta e padronização consome tempo que poderia estar sendo usado na análise, nos modelos ou na comunicação dos resultados.

Foi exatamente por isso que criamos uma rotina de coleta automatizada, que busca, trata e organiza séries temporais econômicas diretamente das APIs oficiais, pronta para ser integrada a pipelines de previsão, dashboards ou agentes de IA econometristas.

Criando operações SQL com IA Generativa no R com querychat

No universo da análise de dados, a velocidade para obter respostas é um diferencial competitivo. Frequentemente, uma simples pergunta de negócio — “Qual foi nosso produto mais vendido no último trimestre na região Nordeste?” — inicia um processo que envolve abrir o RStudio, escrever código dplyr ou SQL, executar e, finalmente, obter a resposta. E se pudéssemos simplesmente perguntar isso aos nossos dados em português, diretamente no nosso dashboard Shiny?

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.