
No gráfico acima é possível observar o comportamento de ambos os índices em termos de taxa de crescimento contra o período imediatamente anterior. É nítido que o IBC-Br apresenta, como era esperado, uma volatilidade muito grande - já considerando ajustes sazonais - enquanto que a série de PIB trimestral é mais suave. Ao longo de 2012, por exemplo, a série de PIB trimestral apresentou leve evolução, saindo de 0,1% no 1º trimestre para 0,6% no último, naquela base de comparação. Nesse sentido, os dados do IBC-Br de janeiro deveriam indicar que essa evolução do PIB deve continuar ao longo do primeiro trimestre de 2013. Certo?
Como mostra o gráfico 2 abaixo, ambas as séries mostram ainda certa aderência - se postas na mesma base de comparação - acompanhando o que foi posto no Relatório de Inflação de março de 2010. Meu questionamento, que precisaria de mais algum esforço de pesquisa, é se o IBC-Br ainda é uma boa proxy para o PIB trimestral, dadas as mudanças em termos de política econômica que foram realizadas nos últimos anos. Em termos mais claros, pelo que foi divulgado naquele relatório, o IBC-Br reflete basicamente o que acontece com a Oferta Agregada, tomando como proxies dados da indústria, da agropecuária e dos serviços. Entretanto, se o dinamismo da economia brasileira tem sido dado essencialmente pelo consumo, será que o IBC-Br continua sendo uma boa métrica para antecipar o PIB?
A metodologia do índice, bem resumida, encontra-se aqui.
