There is no such thing as a free lunch, repetia Milton Friedman, o guru da Escola de Chicago, a mesma onde Joaquim Levy, o atual ministro da fazenda, obteve seu doutorado. Pois é, leitor, mesmo que ainda hoje existam economistas que acreditem em almoço grátis - eles até fazem manifestos! -, a conta chegou. Particularmente, hoje, ela veio em dose dupla: um apagão coordenado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e aumento de impostos (CIDE, PIS/Cofins e IOF). Ambos refletem, respectivamente, os problemas no setor elétrico, vividamente negados pela equipe anterior, e o atoleiro fiscal. Ademais, é preciso colocar na conta o aumento de até 40% nas tarifas de energia elétrica, cujo impacto sobre a inflação é de até 1,6 ponto percentual. Não por outro motivo, a expectativa para os preços administrados está acima de 8% e para o índice cheio em 6,7% esse ano. Para quem negou a realidade na campanha eleitoral - eleitores, inclusive - deve ser mesmo uma baita surpresa todos esses problemas. Espero, apenas, que o atual ajuste seja estudado nas escolas de economia, com o devido contexto...
Update: Para quem ainda tem dúvidas sobre por que o ajuste é necessário, recomendo ler aqui, aqui e aqui. Sobre os problemas no setor elétrico aqui. Para o contraditório, leia aqui e aqui. E ai, é ou não é necessário? 🙂