A disponibilidade de crédito é uma variável de suma importância para impulsionar tanto o consumo das famílias quanto o investimento das firmas. Nesse Comentário de Conjuntura, por suposto, seguindo a análise do mercado de crédito que faço no Curso de Análise de Conjuntura usando o R, vamos dar uma olhada em alguns aspectos desse mercado. Para isso, vou utilizar aqui o pacote Quandl para pegar as séries do Banco Central diretamente para o R.
Para começar, vamos pegar as concessões mensais de crédito.
Uma recuperação mais pujante do mercado de crédito é crucial para que possamos acelerar o crescimento da economia brasileira. Para isso, contudo, são fundamentais as reformas microeconômicas que estão no radar tanto do Congresso Nacional quanto do próprio Banco Central.
A disponibilidade de crédito é uma variável de suma importância para impulsionar tanto o consumo das famílias quanto o investimento das firmas. Nesse Comentário de Conjuntura, por suposto, seguindo a análise do mercado de crédito que faço no Curso de Análise de Conjuntura usando o R, vamos dar uma olhada em alguns aspectos desse mercado. Para isso, vou utilizar aqui o pacote Quandl para pegar as séries do Banco Central diretamente para o R.
library(Quandl)
library(ggplot2)
library(scales)
Quandl.api_key('a sua chave aqui') # Permite mais de 50 acessos dia
credito_total = Quandl('BCB/20631', order='asc')
credito_pj = Quandl('BCB/20632', order='asc')
credito_pf = Quandl('BCB/20633', order='asc')
credito_livre = Quandl('BCB/20634', order='asc')
credito_direc = Quandl('BCB/20685', order='asc')
Os dados importados sofrem de sazonalidade, de modo que é preciso fazer o ajuste da série. Também é preciso deflacionar as séries, de modo a tornar a análise dos dados correta. Isso é feito com o código a seguir.
Uma vez que os dados estejam tratados, podemos visualizá-los. Abaixo, vemos as concessões mensais totais.
Como se vê, há um avanço nas concessões mensais de crédito na margem. Podemos tentar entender melhor esse avanço com a abertura por pessoa física e jurídica. O gráfico abaixo ilustra.
Tanto as concessões mensais à pessoa física quanto jurídica mostram avanço nos últimos anos. Também podemos verificar o crédito quanto a diferenciação entre crédito livre e direcionado. O gráfico abaixo ilustra.
Observa-se uma diferença importante entre as categorias. Enquanto o crédito livre mostra avanço, o crédito direcionado tem se mantido estável nos últimos anos. A seguir, vemos o estoque de crédito normalizado pelo PIB.
Na ponta, há um leve avanço no estoque normalizado pelo PIB, refletindo o aumento das concessões mensais. A seguir, fazemos a divisão desse estoque entre crédito público e privado.
De fato, o estoque de crédito associado à instituições privados tem recuperado espaço em relação às instituições estatais. A seguir, olhamos para a taxa média de juros associada às operações de crédito.
As taxas médias na ponta ainda permanecem acima de 20% a.a., refletindo o que os economistas chamam de spread bancário, a diferença entre taxas de captação e aquelas cobradas dos que demandam crédito. O gráfico abaixo ilustra essas taxas de spread.
Como se vê, o spread permanece ainda elevado. A seguir, ilustramos o comportamento da inadimplência.
Por fim, vemos o comportamento do endividamento das famílias em relação à renda acumulada nos últimos 12 meses.
Uma recuperação mais pujante do mercado de crédito é crucial para que possamos acelerar o crescimento da economia brasileira. Para isso, contudo, são fundamentais as reformas microeconômicas que estão no radar tanto do Congresso Nacional quanto do próprio Banco Central.