Decompondo o PIB com o R

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Com a divulgação do PIB essa semana (analisado aqui), podemos atualizar a participação dos três grandes setores da economia no valor adicionado (lembre-se que o PIB é calculado, pela ótica da produção como sendo o valor bruto de produção menos o consumo intermediário, isto é, o valor adicionado). No quarto trimestre de 2016, o setor de serviços foi responsável por 73,30% do valor adicionado, enquanto a indústria ficou com 21,24% e a agropecuária com 5,45%. O gráfico abaixo apresenta a evolução dessa participação ao longo do tempo.

Observa-se que o setor de serviços tem ganhado espaço no valor adicionado, tendo como contrapartida a perda de participação da indústria. Ademais, é importante lembrar que para chegar ao PIB propriamente dito, precisaremos adicionar os impostos, saindo assim de preços básicos para preços de mercado (ou do consumidor).

Podemos, a propósito, ver também a participação dos componentes da demanda, isto é, a famosa identidade

(1)   \begin{equation*} Y = C + I + G + X - M \end{equation*}

Onde C é o Consumo das Famílias, I é o Investimento, G é o Consumo do Governo, X representa as exportações e M as importações. Lembre-se que aqui o investimento é dividido em Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e Variação de Estoques. O gráfico é colocado abaixo.

Observa-se que o Consumo das Famílias é o componente com maior participação, seguido do Consumo do Governo e do Investimento. A participação do Setor Externo (X-M) é residual na economia brasileira. No quarto trimestre de 2016, o consumo das famílias representou 64,01% do PIB, enquanto a FBCF foi de 16,38%. Abaixo, a propósito, colocamos um gráfico da taxa de investimento da economia brasileira.

Na margem, como ilustra a área hachurada, a FBCF despencou, causando uma queda da taxa de investimento...

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