De volta à realidade: a taxa de câmbio.

O equilíbrio impossível - taxa de inflação baixa, crescimento acima do potencial e câmbio fixo - requisitado por este governo começa a ser desfeito pela ponta mais fraca:

"O dólar comercial voltou a despencar hoje, ainda em reflexo da atuação de ontem do Banco Central (BC) no mercado de câmbio, e fechou na menor cotação desde 28 de maio de 2012. Operadores continuaram hoje testes para tentar definir qual o novo piso da banda cambial informal do BC, depois da mudança de patamar promovida ontem em resposta à aceleração da inflação". (Valor Econômico)


O fato de as expectativas de inflação continuarem se elevando parece que, enfim, chamou o Banco Central a usar o câmbio como variável de ajuste no equilíbrio macroeconômico - como manda o manual.  É difícil prever até que ponto o câmbio vai cair ou se de fato há uma "nova banda" - o dólar comercial fechou hoje em 1,9850 R$/US$ - mas é perceptível, desde a ata do Copom divulgada na semana passada, que o tom se modificou. A realidade parece estar batendo à porta da autoridade monetária.

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