Sem paixão, nada feito

Sem paixão, nada feito. No trabalho, nos estudos, em um futebol com os amigos ou qualquer ramo da atividade humana. A paixão é a única motivação verdadeira. Sem ela o trabalho não rende, as horas não passam, a fórmula é sempre difícil, o futebol é trincado.

Dizem por ai que nada substitui o talento. Mas de onde vem o talento? Vem da paixão. Da paixão por realizar algo, por ser algo. O sucesso, o dinheiro, a glória e até mesmo o próprio talento são apenas conseqüências. Não era por dinheiro que o craque Zico ficava depois do treino cobrando faltas extras. Não era pela glória, pelo sucesso. Era pelo prazer que ele tinha em jogar futebol.

Ninguém acha que os maiores gênios da humanidade fizeram o que fizeram pela simples expectativa de serem bem sucedidos. Pensar no sucesso não gera sucesso. Entregar-se a uma paixão pode dar em sucesso. Se não der, você estará feliz assim mesmo. Por quê? Estará se dedicando aquilo que ama e nada pode comprar isso.

Apesar de tudo o que já foi escrito sobre paixão a maioria das pessoas ainda se motiva pelo dinheiro. Não desconsidero o poder do dinheiro. Apenas o considero limitado. Até o primeiro milhão ele pode, realmente, ser um grande motivador. Você trabalha mais para o contra-cheque vir mais gordo no final do mês, você faz MBA ou estuda inglês para ser promovido ou tantas outras coisas que as pessoas fazem para ganhar cada vez mais e mais. O primeiro milhão chega. Pode ser um salário com três dígitos ou uma casa na praia. Ai, se você construiu sua fortuna sem paixão, as coisas começam a dar errado.

Um vazio incomoda seu peito, não te deixando ter noites calmas de sono. Para aliviar você “dá um tapinha”. Toma mais uma dose daquele whisky caro que você tem no bar. Faz sexo com uma mulher gostosa que acabou de conhecer. Mas nada disso traz alento. Pelo contrário, aquele vazio vai te consumindo por inteiro. O dinheiro traz apenas ilusão, se não vier acompanhado de amor pelo que se produz.

Você pode transar com a mulher mais gostosa do mundo. Mas se não sentir paixão, no momento que terminar o sexo, você vira para o lado e dorme. Só vai olhar para ela de novo quando o tesão voltar. Sem paixão, nada feito. A vida perde o sentido. As manhãs são sempre cinzentas. Os invernos são mais rigorosos, os verões são sempre chuvosos. As noites não possuem aquele luar deslumbrante. As segundas-feiras são um verdadeiro tédio.

Existem aquelas pessoas que se confortam com uma “vidinha”. Trabalham em algo que detestam, mas têm um carro, uma casa e filhos para sustentar. “É melhor não trocar o certo pelo duvidoso”, dizem. Pois vos digo: sem paixão, tudo é duvidoso. É como uma casa sem alicerces. Um edifício sem colunas. Um corpo sem coração. Sem paixão o ser humano é um poço de desentendimentos. Não há razão para negar isso. Todos nós fomos feitos parar realizar algo. Cada indivíduo possui um dom, uma mágica, um gosto mais específico. Uns são bons em futebol, outros são bons em basquete. Oscar teria sido um péssimo jogador de futebol e Pelé um péssimo jogador de basquete. Basta encontrar essa verdadeira paixão que está em cada um de nós. Reconhecer gostos, esforçar-se muito e colher os frutos.

Não devemos nunca nos conformar. É preciso sempre se questionar sobre nossa vocação. Sobre nosso horizonte. Será que fui feito para isso? Será que estou com o amor da minha vida? Será que amo meus amigos? Se houver negativas para essas questões, mude. Mas não mude de uma hora para outra. Pense. Reúna suas forças, aquelas que estão dentro de cada ser humano e parta para a ação. Viva cada dia intensamente, pois só assim ele valerá a pena.

Faça o que você ama. Apaixone-se a todo instante. Muitas pessoas acabam não encontrando suas verdadeiras paixões por medo de arriscar. Temem não encontrar outro emprego “tão bom”. Acham que nada vai dar certo. Pois vos falo: a vida, per se, já é um grande risco. Cada minuto a mais deve ser comemorado. Não se prive a passar vinte ou trinta anos sentado em uma cadeira, fazendo aquilo que detesta. Mude.

A partir do momento que o ser humano encontra-se apaixonado, tudo muda. O trabalho é mais produtivo, as horas passam que você já não sente, o teorema é tão fácil, o sexo é excepcionalmente mais prazeroso. A vida muda. As segundas-feiras são relaxantes. A semana é uma grande descoberta. Os finais de semana são uma oportunidade de lazer e não uma compensação pelas horas de trabalho.

Estamos no século XXI, acabou aquela idéia de que era possível viver feliz fora do trabalho. A própria identificação de trabalho já não é mais a mesma. As empresas querem pessoas apaixonadas. Por quê? Porque elas sabem que pessoas apaixonadas são mais produtivas, rendem mais, dão mais idéias, fazem aumentar o valor das ações. Basta do trabalho forçado, do trabalho como algo ruim ou imposto. É preciso adicionar paixão que a partir disso tudo se transforma. Porque afinal sem paixão, nada feito.

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