A Grécia entra novamente no radar dos investidores e abala os mercados. O impasse político grego tem gerado intensa volatilidade nas bolsas, mercados de câmbio e de juros. A Espanha fez emissão recente de títulos e acabou pagando spread mais elevado. O problema, leitor, não é muito a Grécia. Sem querer menosprezar o país, mas a Grécia pouco importa para os investidores. A questão central é o risco de contágio: se a Grécia sair do euro, a pergunta que fica é quem será o próximo. Desse modo, só gostaria de dizer duas coisas: i) não existe saída organizada, vai gerar muito stress; ii) não dá para comparar a Grécia com a Argentina, como já vi gente [boa, inclusive] fazendo, porque o efeito sistêmico será muito maior no caso grego. Em outras palavras, a saída do euro é ruim tanto para a Grécia quanto para os demais países da União Europeia.