ENEM 2011

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2011 foram divulgados pelo MEC. Sem novidades: colégios privados na ponta, colégios públicos com médias ainda muito baixas. A despeito de todas as críticas que possam ser feitas ao exame e a sua aplicação pelo MEC, eu sou favorável a esse tipo de avaliação e vislumbro um cenário promissor. Não há outro jeito: é preciso avaliar, divulgar e cobrar resultados.

Há muita gente - muita mesmo - que ainda vê com reticência a estipulação de exames como o ENEM. Eu sou favorável e acho que a medida deve ser ampliada: com o exame nacional passando a ser obrigatório para a "colação de grau", tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. A obrigatoriedade faz com que o aluno leve a prova a sério, evitando problemas nos dados. Além disso, é preciso organizar um exame padronizado, com o mínimo de ruído possível, algo que, infelizmente, faltou nos últimos anos.

A última parte, cobrar resultados, depende de responsabilização de professores, i.e., atrelar a remuneração aos resultados dos alunos nesse tipo de avaliação. Essa parte é cheia de controvérsias, possui limites dentro da teoria, mas é preciso criar mecanismos de incentivos para que os professores sejam responsabilizados pelo que ensinam. É claro que, além disso, muitas outras ações - como as citadas no post abaixo - devem ser feitas para melhorar a educação de nossos professores.

Termino esse breve post de domingo dizendo que eu sou fã do ENEM, acho que é uma prova que pode acrescentar muito ao modelo educacional brasileiro e justamente por isso deveria ser levada um pouco mais a sério. Você pode conferir a planilha completa do ENEM 2011 aqui.

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Qual o efeito de um choque de juros sobre a inadimplência?

Neste exercício, exploramos a relação dinâmica entre o custo do crédito (juros na ponta) e o risco realizado (taxa de inadimplência) através de uma análise exploratória de dados e modelagem econométrica utilizando a linguagem de programação R.

Qual a relação entre benefícios sociais e a taxa de participação do mercado de trabalho?

Este exercício apresenta uma investigação econométrica sobre a persistente estagnação da taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro no período pós-pandemia. Utilizando a linguagem R e dados públicos do IBGE e Banco Central, construímos um modelo de regressão linear múltipla com correção de erros robustos (Newey-West). A análise testa a hipótese de que o aumento real das transferências de renda (Bolsa Família/Auxílio Brasil) elevou o salário de reserva, desincentivando o retorno à força de trabalho.

Estamos em pleno emprego no mercado de trabalho?

Este artigo investiga se o mercado de trabalho brasileiro atingiu o nível de pleno emprego, utilizando uma estimativa da NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment) baseada na metodologia de Ball e Mankiw (1997). Através de uma modelagem em Python que unifica dados históricos da PME e PNAD Contínua com as expectativas do Boletim Focus, comparamos a taxa de desocupação corrente com a taxa neutra estrutural. A análise visual e quantitativa sugere o fechamento do hiato de desemprego, sinalizando potenciais pressões inflacionárias. O texto detalha o tratamento de dados, a aplicação do Filtro Hodrick-Prescott e discute as vantagens e limitações da metodologia econométrica adotada.

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.