Tudo pelo social?

socialAposto 100 surreais com você que se eu perguntar a 10 pessoas se elas são a favor de políticas sociais, 9 delas responderão com um sonoro "claro". Transferências, assistência social, previdência pública, bolsa família, saúde pública, educação pública, segurança pública etc. Como social-liberal, a priori, também não sou contra uma "agenda social". Creio que certos instrumentos sejam necessários para proporcionar maior igualdade de oportunidades entre os indivíduos. Economias de mercado não funcionam bem, afinal, se as pessoas são muito desiguais, dado que toda a sorte de conflitos fica latente. Esse é um ponto. Outra questão, talvez mais importante, é a seguinte: quem vai pagar a conta? Pode ser o economista que existe dentro de mim falando, mas o gráfico ao lado, elaborado pelo também economista Renato Lerípio, me dá arrepios. Isto porque, quando leio entrevista do ex-secretário da Fazenda, Nelson Barbosa, só o que me vem à mente são "mais gastos". Ou seja, a linha ascendente das despesas se encontrará rapidamente com a linha "constante" das receitas. As demandas sociais não parecem caber no "orçamento público", como nota aqui o brilhante Samuel Pessôa. Para aquecer o debate, uma bela réplica de Alexandre Schwartsman aqui. Só reformas estruturais, que tornem a produtividade da economia brasileira crescente, poderão fazer com que possamos pagar essa conta. O modelo de "economia social de mercado" alemão é um bom exemplo.

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Print

Comente o que achou desse artigo

Outros artigos relacionados

Como se comportou o endividamento e a inadimplência nos últimos anos? Uma análise utilizando a linguagem R

Neste exercício realizamos uma análise sobre a inadimplência dos brasileiros no período recente, utilizando a linguagem R para examinar dados públicos do Banco Central e do IBGE. Investigamos a evolução do endividamento, da inadimplência e das concessões de crédito, contextualizando-os com as dinâmicas da política monetária (Taxa Selic) e do mercado de trabalho (renda e desemprego).

Qual o hiato do produto no Brasil?

Entender o hiato do produto é fundamental para avaliar o ritmo da economia e as pressões inflacionárias no Brasil. Neste artigo, mostramos como estimar essa variável não observável a partir dos dados do PIB, explorando diferentes metodologias — de regressões simples a modelos estruturais — e discutindo as limitações e incertezas que cercam cada abordagem.

Determinantes do Preço do Ouro: VAR + Linguagem R

Este artigo realiza uma análise econométrica para investigar os determinantes dinâmicos do preço do ouro. Utilizando um modelo Vetorial Autorregressivo (VAR) em R, examinamos o impacto de variáveis como o dólar (DXY), a curva de juros e a incerteza global. Os resultados mostram que um fortalecimento inesperado do dólar tem um efeito negativo e significativo no curto prazo sobre os retornos do ouro, embora a maior parte de sua variância seja explicada por fatores intrínsecos ao seu próprio mercado.

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

Boletim AM

Receba diretamente em seu e-mail gratuitamente nossas promoções especiais e conteúdos exclusivos sobre Análise de Dados!

como podemos ajudar?

Preencha os seus dados abaixo e fale conosco no WhatsApp

Boletim AM

Preencha o formulário abaixo para receber nossos boletins semanais diretamente em seu e-mail.