Passada a maior parte do impacto das notícias da semana passada, vemos ainda alguma reverberação nas estimações da última semana, porém em menor nível. As estimativas do IPCA e do IGP continuam sua escalada, em ritmos diferentes - como explicado nesse post de janeiro -, enquanto que quase não há mudança na taxa de câmbio, PIB e meta da SELIC.
Dentre as outras variáveis reportadas, vemos dois movimentos mais alarmantes. O primeiro é a queda expressiva das expectativas de produção industrial, que vê redução de 0,88% em relação ao valor da semana passada:
O segundo movimento é do setor externo. Por um lado, vemos redução do investimento direto de 60 para 55 bilhões de dólares, e por outro, redução do déficit de conta corrente de 16 para 12 bilhões. A redução do déficit parece ser resultado direto da escalada do preço de commodities, setor importante para as exportações brasileiras. A questão do investimento é mais complexa: o comovimento entre a produção industrial e o investimento direto tem um efeito de ida, dado que o país está espantando investidores devido à expectativa de atraso para a retomada da economia, e um efeito de volta, onde a própria depressão de investimentos dificulta a retomada da indústria, com uma oferta menor de capitais.
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