Crônicas Urbanas

Foi um encontro casual, desses rotineiros sob os quais me acostumei ao longo do tempo. Estava em uma livraria, na Sete de Setembro, em uma sexta-feira, como de costume para aliviar o stress. Ela igualmente. Eu folheava Dom Casmurro pela enésima vez, acompanhado que estava de um merlot argentino de boa estrutura, mas não tão encorpado como eu gostaria que fosse. Ela parecia entediada, com o olhar disperso, folheando o primeiro livro que saltava a sua frente. Ia de Freud a Paulo Coelho, como quem atravessa a Rio Branco sem olhar para o lado.
Sempre disse que a vida é mais bem entendida depois de alguns goles de chopp e uma boa conversa entre amigos. Sobre qualquer parte da vida. Houve um tempo onde eu tinha “debates” (se é que pode ser chamado assim) acalorados sobre política (economia, vez ou outra, com alguns poucos simpatizantes do tema) e sempre acabava aprendendo alguma coisa. Mesmo que o “oponente” fosse de opinião radicalmente oposta a minha (sempre respeitei os marxistas, apesar de não acreditar que eles, de fato, existam). Mas ultimamente essas minhas mesas têm tido um “insosso” extremo.

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